quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Open Access Education e colaboração online

 
Collaborative Open Online Learning from Judy Baker

A própósito do Encontro de Instituições e Unidades do Ensino Superior, decorrido no passado dia 17 de Dezembro de 2013, e da apresentação feita pelo keynote speaker, o professor Terry Anderson [1], tenho reflectido sobre de que forma poderá uma Open Access Education [2] proporcionar ambientes de colaboração efectivos.
Nas minhas habituais pesquisas encontrei este slide que, apesar de ter algumas informações com as quais não estou completamente satisfeita nem segura, traz um tópico muito actual: a contribuição colaborativa de conteúdos para um curso no qual somos simultaneamente alunos e professores.
Esta questão faz-me partir para outra reflexão: como assegurar e manter a qualidade dos cursos criados e alterados a partir de aprendizagens e trabalhos desenvolvidos em colaboração? Que parâmetros de qualidade são estes? Como definir a validade dos parâmetros de qualidade? Deverá ou não existir um elemento que define e depura a colaboração?


[Actualizado 19 de Dezembro de 2013]

Artigo que encontrei sobre os referidos critérios de qualidade.
Learner Generated Content: Quality Criteria in online Collaborative Learning


[1] Terry Andersen tem um livro, editado em conjunto com outros autores, licenciado com creative commons e disponível para downalod livre. Parece ter materias bastante úteis para quem se interessa e quer saber mais sobre e-learning.

[2] Definição de Open Access Education segundo Terry Anderson





sábado, 14 de dezembro de 2013

O poder da colaboração

É certo que ainda não é claro para mim o que significa colaborar num ambiente de aprendizagem online, mas isso não significa que nunca tenha sentido o poder da colaboração. Quando penso em alguns trabalhos e iniciativas em que participei lembro-me daquela sensação final de concretização. Pensar, agir e por fim sentir que aprendemos com os outros. Nas minhas pesquisas encontrei este vídeo e achei que fazia todos o sentido partlhá-lo convosco.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O que significa colaborar?


Se formos a um dicionário como o Priberam, rapidamente encontramos algumas definições para a palavra colaborar. Podemos também equipará-la a vocábulos como cooperar, ajudar, participar. Mas o propósito deste estudo pretende definir qual o significado deste termo quando aplicado ao processo de aprendizagem.

Partilhar materiais de apoio, estudar em conjunto ou pequenas trocas de ideia não significam trabalhar em grupo. Digamos que essas são as interacções inerentes a um processo de aprendizagem conjunto mas, não estabelecem entre os estudantes uma estrutura de interdependência onde cada um desempenha o seu papel para que como um todo alcancem os objectivos traçados. O que significa então colaborar? E porque é que usamos a cooperação como elemento-chave tanto no ensino online como no ensino offline

 “Human beings learn more, flourish, and connect more when they’re cooperating and less when they’re competing or working in an isolated fashion,”
Roger Johnson*

Estudos indicam que a aprendizagem colaborativa traz vantagens ao processo cognitivo:
  • Os alunos integrados em processos de aprendizagem cooperativa tendem a aprender mais, sendo que mais significa desenvolver capacidade de pensamento crítico e competências;
  • Os alunos tendem a manifestar maior interesse por actividades em conjunto o que, consequentemente, eleva os níveis de motivação e faz diminuir a taxa de abandono dos cursos;
  • O trabalho em conjunto desperta nos envolvidos o sentimento de co-responsabilidade; 
  • Actuar em grupo permite o desenvolvimento de trabalhos mais complexos em tempo razoável, o que possibilita uma tomada de consciência das competências necessárias para trabalhar em projectos de grande dimensão;

Que elementos devem existir numa aprendizagem colaborativa? 
Segundo Roger e David Johnson existem cinco elementos chave que nos permitem identificar e desenvolver uma situação de aprendizagem cooperativa com sucesso:
  • Interdependência positiva (cada indivíduo depende e é responsável perante o outro - A diponibilidade para ajudar e aceitar ajuda faz parte do processo);
  • Responsabilidade individual (cada pessoa do grupo é responsável pela aprendizagem dos materiais de apoio)
  • Interacção (entreajuda, partilha de informação e esclarecimento de dúvidas deve ser uma constante entre todos os membros do grupo);
  • Capacidades sociais (capacidade de liderança e comunicação);
  • Desenvolvimento de trabalho do grupo (mecanismos que permitam avaliar como está a ser desenvolvido o trabalho dentro do grupo);

Ainda nao é completamente claro o conceito de colaboração, pelo menos para mim, mas uma conclusão podemos retirar: na aprendizagem cooperativa o sucesso individual de cada um depende directamente o sucesso do grupo.


Bibliografia
Starting Point:Introductory Geology, (2012). Acedido em Dezembro 12, 2013 de http://serc.carleton.edu/sp/library/cooperative/index.html  
University of Minnesota, (2002). Acedido em Dezembro 12, 2013 de http://www.cehd.umn.edu/research/highlights/coop-learning/
Brock Prize Organization, (2011). Acedido em Dezembro 12, 2013 de http://www.brockprize.org/laureates

Fonte das imagens: http://www.sxc.hu (imagens de livre utilização)

*  Roger e David Johnson são irmãos e co-diretores do Centro de Aprendizagem Cooperativa, na Universidade de Minnesota. Desde meados da década de 1960, têm trabalhado para implementar práticas de aprendizagem colaborativa em todos os níveis de escolaridade (pré-escola até a pós-graduação).
Em 2007 ganharam o Brock International Prize in  Education.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Bem-vindos!


Na primeira mensagem do blog quero partilhar convosco a razão que me levou a escolher o tema em causa: a colaboração como forma de desenvolver e promover o conhecimento e aprendizagem no e-learning.
A ideia partiu do forúm de discussão da disciplina de Teoria e Prática do E-Learning onde nos foi proposta a reflexão sobre a necessidade, ou não, de reconceptualizar as práticas pedagógicas no ensino oline.
Depois de algumas leituras dos comentários feitos pelos colegas, em particular o da Olga, fiquei a pensar que tanto o ensino à medida sob orientação como as práticas colaborativas são realmente dois dos eixos fundamentais para repensar o ensino online à distância.

Posteriormente acrescentei à discussão dois outros pontos, associados aos enunciei acima, que me parecem trazer novos desafios à reflexão. Um é a questão da qualidade num ensino focado no aluno, em que ele próprio orienta o conteúdo e o percurso mediante os seus interesses. O outro prende-se com as questões que procurarei aprofundar neste blog e que estão relacionadas com a criação de novos métodos de colaboração que realmente promovam o trabalho conjunto e com isso potenciem a construção de novos saberes e desenvolvimento de competências.


É já do nosso conhecimento a existência de um vasto número de plataformas, aplicações, redes e comunidades cuja função é aproximar as pessoas e permitir que estas partilhem experiêncies e  aprendam em conjunto.
Mas será que a aprendizagem é eficiente? Que tipo de conhecimento retiram dessas experiências de colaboração? Que outras formas para colaborar online? Qual o resultado final de um processo de aprendizagem em colaboração? É a estas e outras perguntas que tentarei responder ao longo deste trabalho.

Deixo-vos com uma leitura que encontrei na qual a autora reflecte sobre estas matérias.

Fotos: http://www.articulate.com/rapid-elearning/heres-where-the-e-learning-community-provides-practical-value/
http://www.articulate.com/rapid-elearning/heres-where-the-e-learning-community-provides-practical-value/ #sthash.Ge1B05k7.dpuf
http://www.articulate.com/rapid-elearning/heres-where-the-e-learning-community-provides-practical-value/ #sthash.Ge1B05k7.dpuf